Fuga de presos: Adepol diz
que há descaso do governo

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Paraná divulgou nota nesta tarde em que repudia, “mais uma vez, o descaso do Governo do Estado quanto à situação de presos mantidos ilegalmente em carceragens de delegacias no Paraná”. Ontem foram registradas fugas de presos em Maringá e Guarapuava em cadeias públicas que funcionam no mesmo local onde está instalada a sede das subdivisões de polícia.

O Paraná é o único estado do Sul e um dos últimos no país a manter presos em delegacias de polícia, acrescenta. Hoje são cerca de 10 mil detentos em carceragens que não possuem as mínimas condições de segurança, localizadas nos bairros centrais das cidades mais populosas do Estado. De janeiro até agora, já foram registradas mais de mil fugas somente nas carceragens de delegacias.
Desde 2010, a promessa de campanha de Beto Richa é a mesma: a construção de 14 presídios com novas 6.756 vagas. Até o momento, somente a cadeia pública de Campo Mourão está em obras. Se finalizada, não representará nem 5% do total previsto até dezembro de 2018. O restante sequer foi licitado.
O presidente da Adepol, João Ricardo Képes Noronha, enfatiza que o problema não é a superlotação das carceragens das delegacias. “A capacidade de presos em delegacias de polícia é zero, nenhuma vaga. Onde se atende a vítima, não se abriga presos. Delegacia não é lugar de detentos, eles devem estar no sistema prisional. O papel da Polícia Civil é atender à população investigando crimes, coletando provas e propiciando inquéritos bem feitos para que o Judiciário possa condenar os malfeitores e libertar a sociedade da violência”, afirmou Noronha.

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