CPI pode apurar mau uso de carro oficial em Astorga

multas

O empresário Charles Weslei Gasparino, de Astorga, micro-região de Maringá, protocolizou pedido de criação de uma CPI para apurar responsabilidades pelo mau uso do Jetta 2013/2014, carro oficial que está à disposição do prefeito Antonio Carlos Lopes.
O veículo, adquirido na gestão do ex-prefeito Arquimedes Ziroldo, de quem Lopes foi vice, recebeu várias multas de trânsito desde 2013;

as multas, segundo denúncia, teriam sido pagas este ano com dinheiro público e sem a apresentação do nome do condutor, o que é irregular.
Na última segunda-feira o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi protocolizado junto à Câmara de Astorga sob a justificativa de que o mau uso do ve[iculo esta gerando danos ao município. O carro tem custo de R$ 3,5 mil anuais por conta do seguro e mais R$ 760,00 mensais como seguro de vida do seu condutor.
Desde que foi adquirido pelo ex-prefeito Ziroldo, também conhecido como Bega ou Coronel Saruê, o carro levou multas, que teriam sido pagas diretamente pelo município este ano. O empresário alega que o único condutor do Jetta era o então prefeito. As multas foram lançadas em outras cidades, como Curitiba, Maringá e Foz do Iguaçu, e rodovias, e neste caso lançadas pela Polícia Rodoviária Federal. Ultrapassagem pela contramão, transitar acima da velocidade permitida e dirigir usando o telefone celular foram algumas das infrações cometidas pelo condutor em algumas das multas.
Ao Legislativo astorguense o empresário questiona quais as multas lançadas no referido veículo, quem era o condutor, como foram quitadas, se o condutor foi responsabilizado, se foi comunicado ao Detran quem conduzia o veículo quando das multas, além de pedir a verificação da legalidade do seguro feito do veículo contra qualquer tipo de sinistro e para o condutor e se está sendo utilizado por pessoa estranha à administração municipal. “O município, como sabemos, é sustentado pelos recursos públicos vindos dos contribuintes, e não pode assumir toda a responsabilidade pela reparação dos danos causados. Não pode esta casa ficar omissa em investigar esses gravíssimos fatos”, destaca o requerimento.
Um ex-prefeito ouvido pelo blog comentou que o município não pode pagar multas lançadas em carros oficiais, que a responsabilidade é do condutor, que arca com as consequências. “Em caso contrário, é improbidade”, destacou.

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