Sem escárnio II

Aprendamos a falar e escrever corretamente; este é o dever do homem de bem, sabendo que essa postura o leva a encontrar a luz do entendimento. A comunicação nos caminhos da harmonia é lei natural da vida em todos os mundos, de sorte a clarear a alma, para melhor entender Deus.

Observemos o que falamos ou escrevemos, pois há alguém ouvindo ou lendo, eis porque vigiar o que se diz para os outros é dever de cada criatura. A justiça sempre nos devolve o que doamos aos outros pelos pensamentos e pela fala, pelo que escrevemos e pela vida no que há de melhor, para que o melhor venha à nossa procura.
O aprumo da nossa existência, no que toca às qualidades superiores, é marca de luz que deixamos durante a vida, e que todos possam nos copiar sem perdas, assegurando o equilíbrio e a paz no coração.
Quem se esforça na educação das suas qualidades e aprimora o seu verbo em todas as direções é sempre qualificado como agente de alta educação, e isso nos anima a melhorar cada vez mais e igualmente a nos instruir.. É bom que todos compreendamos que, sem o valor do esforço próprio de cada um, não há ascensão para os espíritos. É o espiritismo Cristão a escola ideal que nos ensina a cultivar as qualidades que existem no mundo interno. Mas em qualquer religião e até fora, podemos aprender, pela convivência. A condição é que tenhamos humildade para não nos julgarmos superiores a ninguém, aceitar conselhos, saber mirar em exemplos e procurar ajuda de profissionais da psicologia, psiquiatria e autoridades religiosas.
Com este texto de João Nunes Maia, do Livro Cura-te a ti mesmo, queremos fazer um reflexão sobre a maneira com que muitos se referem aos seus semelhantes. Expressões como ‘esse sujeito’ ou ‘essa figura’, dizer que alguém é um ‘lixo humano’ e outras como ‘ não vale nada’, ditas com animosidade, são sempre ofensivas, mais ao Criador, até, do que às próprias Criaturas. Que pai gosta de ver um filho ser ofendido, agredido? Pensemos nisso, quando deliberadamente, por orgulho, inveja, ou qualquer sentimento negativo, passamos a ofender pessoas que ousaram discordar de nós. Há casos patológicos. Outros de pura maldade de coração, ou melhor ignorância.
O aprendizado da conversa é tarefa nossa, que não deve ser esquecida, porque ao educarmos a fala, certamente que os pensamentos recebem a sua cota em primeiro lugar porque, como educar a palavra sem que os pensamentos já tenham encontrado a harmonia com Cristo?
Vivemos todos e tudo em grupos para assimilarmos uns dos outros os valores e, nessa troca, dá-se o fenômeno do crescimento: os dons aumentam na busca dos dons do Mestre. Que a honestidade não falte em nossos caminhos, a nos ensinar como pensar e conversar com os nossos irmãos, no sentido de que eles encontrem em nós algo a mais para a sua felicidade. As palavras retas representam a realidade do reino dos Espíritos elevados.
Akino Maringá, colaborador

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