MPF pede afastamento de Barros

De Amanda Miranda no Jornal do Commercio:

Por causa das investigações sobre a Hemobrás, a procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, do Ministério Público Federal em Pernambuco, pediu em ação civil pública contra a União o afastamento cautelar do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Apesar do contrato da pasta com o laboratório Shire, mantido por decisão liminar da Justiça do Distrito Federal, foi feito o anúncio da compra do fator VIII recombinante, medicamento para hemofílicos que é o produto com maior valor agregado da estatal.

O contrato atual da Hemobrás, através de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), prevê a compra do recombinante e a transferência de tecnologia para que passe a ser produzido na planta de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, em 2023.
O MPF vê um risco de colapso no abastecimento, já que o processo de fabricação e importação do fator VIII leva pelo menos cinco meses e o estoque atual vai até fevereiro. Leia mais.

De Maria Cristina Frias, na Folha de S. Paulo:

Sem licitação, um mercado de seis medicamentos usados no SUS (sistema público de saúde), que representa cerca de R$ 1,44 bilhão, foi concentrado em três laboratórios escolhidos pelo Ministério da Saúde. A escolha das instituições, que é feita por um comitê da pasta, é considerada política por empresas e associações da indústria, que dizem que as decisões têm critérios pouco conhecidos.
Esse processo de contratação é inaceitável em outras áreas, lembra um executivo da indústria -imagine se o governo escolhesse quem faria seis estradas sem licitação, o escândalo que seria, diz. Entre os laboratórios eleitos para produzir os remédios está o Tecpar, do Paraná, reduto eleitoral do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Leia mais.

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