CP que investiga Marchese prossegue com agenda de depoimentos

A Comissão Processante que apura possível quebra de decoro parlamentar do vereador Homero Marchese (PV) realizou ontem o segundo dia de oitivas. Pela manhã, foram ouvidos Carlos Bonfim, Paulo André de Souza e Eloacy Maria Prado Tavares.

À tarde, testemunharam Silvana Valin de Oliveira e Sueli Marcelino Ribeiro. Devido ao interesse na causa, participaram somente como informantes José Ângelo Rigon e Ézio Ribeirete. Eles responderam aos questionamentos feitos pelos membros da CP e defesa.
O jornalista e advogado Franklin Vieira da Silva solicitou à CP sua exclusão como depoente. Marchese e o advogado Valter Akira Iwazaki tentaram convencer a CP que o trouxessem, se necessário, coercitivamente. Porém, os vereadores sugeriram que Marchese recorresse judicialmente já que a CP não tem esse poder.
Nos dois períodos do dia, Alysson Thomasi, membro da subseção OAB-Maringá, acompanhou os depoimentos. Segundo ele, sua função é preservar a liberdade do exercício funcional dos advogados participantes.
Os vereadores Mário Hossokawa (PP), Mário Verri (PT) e Jean Marques (PV) foram arrolados como testemunhas por Marchese e manifestaram, oficialmente, que na função de vereadores atuarão como juízes da causa. Portanto, não poderão testemunhar.
O prefeito Ulisses Maia (PDT) e o promotor de justiça Adriano Zampieri Calvo também foram intimados a depor. No entanto, eles detêm a prerrogativa de escolher o dia, horário e local da oitiva. Até o momento, nenhum deles comunicou sua decisão.
Conforme o cronograma definido pela CP serão ouvidos na próxima semana:
Dia 6, às 11 horas, serão ouvidos: Dirceu Galdino, Shinji Gohara e Damaris Josepetti.
Dia 6, às 15 horas, serão ouvidos: Edson Mosca, Delamar Eduardo Dias, Edson Scabora, César Augusto França, Valdemar Leite Moraes e Adriana Santana.
Dia 10, às 11 horas, será ouvido o servidor do Tribunal de Contas do Estado, Guilherme Vieira, por videoconferência em função da residência em Curitiba.
Na semana passada, foram ouvidos pela Comissão Processante Ederlei Alkamin, presidente municipal do Partido Verde que elaborou a denúncia contra Marchese e a secretária municipal de Educação, Valkiria Trindade de Almeida Santos. O servidor municipal Lucas Barbosa foi definido como testemunha contraditada ao declarar-se inimigo do vereador e, supostamente, possuir interesse na causa. Na denúncia do PV, ele é colocado como vítima ao afirmar perseguição de Marchese.
A Comissão Processante é composta pelos vereadores William Gentil (presidente), Carlos Mariucci (relator) e Chico Caiana (membro). Ela foi instalada no último dia 5, com aprovação de 11 vereadores, e terá prazo máximo de 90 dias para apresentar sua conclusão, contados a partir da comunicação de sua instalação, ou seja, desde 6 de outubro. (CMM/Foto Marquinhos Oliveira)

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