Saúde negra

De Rudolfo Lago, do Brasil Confidencial, do site da revista IstoÉ:

Saúde precária – Uma investigação da Polícia Federal no Paraná pode trazer problemas sérios ao ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Ele é um dos alvos da “Operação Quadro Negro”, que apura desvios de recursos na construção de escolas públicas no estado. A investigação atingiu a alta cúpula do poder paranaense. Na semana passada, a PF começou a colher os primeiros depoimentos.
O delator da Quadro Negro, Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora Valor, acusa Barros ter participado da “venda” de um cargo no gabinete da sua mulher, Cida Borghetti (PP), vice-governadora do Paraná, com salário de R$ 15 mil. O irmão de Cida, Juliano Borghetti, receberia um “por fora” em troca da indicação. O caso está sob responsabilidade da Procuradoria-Geral da República, que vai investigar a conduta do ministro.

Campanha – Ainda sobre Ricardo Barros, o ministro da Saúde está em franca campanha para que o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), saia candidato ao Senado. Não por simpatia a Richa, mas porque assim sua mulher assume o governo, uma vez que o governador teria que deixar o cargo em abril. Richa, porém, adia sua decisão.

Triplicado – Cida Borghetti disputaria, assim, o governo paranaense em outubro com a máquina a seu favor. E coma ajuda generosa do ministro. Ricardo Barros triplicou no ano passado o dinheiro para saúde destinado aos municípios do estado. Em 2017, foram R$ 221 milhões. A título de comparação, o estado de São Paulo recebeu R$ 6 milhões. (Foto Renato S. Cerqueira)

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