Porto Seco aguarda interessados

Diretores da Multilog, que está vendendo o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Porto Seco), tiveram reunião ontem na Acim com representantes da Prefeitura de Maringá e da própria entidade. Eles apresentaram o valor de venda do ativo do Clia e, agora, aguarda interessados na compra.

Em correspondência enviada ao presidente da Acim, José Carlos Cuca Valêncio, com cópia ao prefeito Ulisses Maia, no início de fevereiro, o presidente da empresa, Djalma Vilela, informou que o processo de venda estará aberto até o final deste mês; se não aparecer interessados, o Porto Seco de Maringá, o primeiro do Brasil, vai encerrar suas operações. Inicialmente, o objetivo da reunião de ontem era expor a operação, estrutura, valores e potencial, e avaliar eventuais interessados “ou mesmo a composição de cooperativa ou consórcio, com empresários locais”.
A Multilog está colocando valor nos ativos e equipamentos, já que o terreno em que funciona é alugado de um grupo de empresários que tocava o negócio. Para facilitar a venda, não estão colocando o valor da licença de operação do Porto Seco. Atualmente, o faturamento do Clia está no vermelho (o aluguel, por exemplo, é o dobro do valor da folha de pagamento) e um dos fatores é que a alíquota de ICMS é mais vantajosa em Santa Catarina, onde fica a sede da empresa, o que levou a uma debandada de operação comercial de desembaraço aduaneiro para aquele estado.
A questão foi levada por empresários e políticos ao governador Beto Richa, mas até agora o governo do estado não se manifestou. Trata-se, aliás, do mesmo governo que deu vantagens milagrosas para a Ambev de Ponta Grossa.

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