Adeus ao Bope

Quando o Bope entrou na minha vida ele já era adulto, pouco mais de um ano depois da morte do Big Boy e meses depois da do Kadafi.

Havia decidido, por conta dessas perdas, não criar mais novos laços afetivos com animais – mas o que era para ser uma rápida estadia tornou-se uma permanência – e isso, acredite, foi muito bom.
Ele dividiu com a Dilma e a Sandy a apertada garagem da casa geminada no Jardim Santa Helena e desde o final do ano passado já tinha um quintalzão para curtir. Trouxe para cá suas manias, como a de andar feito slow motion sob o pingo-de-ouro e de entrar em casa pra me ver antes de começar o dia. Bope nos deu anos de alegria e teve, felizmente, muitos bons momentos. Amou e foi amado, como se diz. Nos deu sinais de que não estava bem somente esta semana. Resistiu até esta manhã, quando cheguei de viagem, e agora é uma bonita lembrança da minha vida.

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