Pastor que será ouvido pelo Ministério Público ataca a Convenção Estadual das Assembleias de Deus

Para o pastor Robson Brito, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Maringá, parte da mesa diretora da Ieadcemar juntou-se à a Cieadep, órgão estadual das ADs, para jogar “com armas da carne, do mundo e de Satanás” (sic) para pressioná-lo a renunciar.

A afirmação está em mensagem distribuída a membros da igreja ontem, depois que o blog divulgou a notificação feita pelo Ministério Público Estadual. O MPE vai ouvir Brito nesta quinta-feira às 14h. Ele é acusado de comprometer o patrimônio da igreja, que hoje possuiria uma dívida de mais de R$ 23 milhões.
Na mensagem ele acusa o pastor Osmar (não cita o sobrenome), “seus seguidores e parte da mesa diretora” de quererem forçar sua renúncia, e que para isso “se uniram à convenção estadual”. Ele ressalta o texto que a convenção “não é subordinativa, é somente fraternal espiritual). “Estão jogando pesado com armas da carne, do mundo e de Satanás. A 6ª promotoria de justiça me notificou dos autos de Notícia Fato nº MPPR 0088.18.003503-7 e estarão presentes os advogados da convenção. Muito bom isso, mostra do que eles são capazes… Agora eles tiram da esfera administrativa”, diz na mensagem.
Depois de frisar que está “muito feliz” de poder dar esclarecimentos ao promotor, escreveu que estará na Promotoria “com humildade e serenidade. Jeova Tsideknu. Quando andamos na verdade não temos o que temer”. Antes de finalizar, pedindo orações dos fiéis, o presidente da Ieadcemar escreveu: “Estão usando o blog de um homem bem questionável”. Não diz, porém, qual o blog. “Esta luta vai acabar. Jeová Jiré nos socorrerá”, finaliza.
Robson Brito é acusado de várias irregularidades à frente do campo eclesiástico de Maringá. Sua gestão está desfazendo templos da igreja, que acabam sendo leiloados por conta de dívidas. Ele também é acusado de perseguir os que lhe questionam, sendo no Jardim Universo o fato mais recente. O pastor teria comparecido na igreja acompanhado de seguranças armados e de membros da igreja, entre eles seu irmão, o ex-vereador Luciano Brito, agente penitenciário responsável pelo SOE – Setor de Operações Especiais.

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