A fake news do ano?

Ao colocar seu nome como pré-candidato a presidente da República pelo PP, considerado o partido mais corrupto do país, Ricardo Barros volta a praticar seu esporte predileto: protagonizar polêmica. Em ano eleitoral, ajuda a manter o nome da mídia, ao menos.

Ao, em tese, buscar trocar uma candidatura à reeleição como deputado federal por uma à presidência da República, Barros não infringe as regras eleitorais e não inibe a anunciada pré-candidatura da mulher, Cida Borghetti, ao governo do estado. Disputar o cargo de presidente é a única exceção legal que ele ou sua filha, a deputada estadual Maria Victória, podem fazer, além dos cargos que já ocupam, além da disputa de cargo em outro estado.
Para observador da cena política estadual, porém, Barros cometeu a fake news do ano.
Mas o motivo pode ser outro, além de manter o nome em evidência para buscar a reeleição, em época em que a maioria do eleitorado está com o nariz virado para os chamados políticos de carreira, como ele. Colocar seu nome dentro do PP seria uma forma de desviar o foco.
Sua passagem pelo Ministério da Saúde também está de volta à mídia, com a divulgação do estudo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS), que constatou que a asparaginase comprada de fornecedor chinês durante sua gestão apresentou eficácia de apenas 2% nas crianças em tratamento contra o câncer, contra os 75% de eficiência do medicamento fornecido antes de ele assumir o Ministério da Saúde.
Além disso, o nome de Barros teria sido citado numa recente operação da Polícia Federal realizada em Maringá, a Operação Interferência, que apura suposto esquema de estelionato. Os autos tramitam em segredo de justiça.

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