Cadeia de Paranavaí atinge sua maior lotação

A superlotação é um caso sério, como de resto em várias cidades paranaenses. Em Paranavaí, o Diário do Noroeste publicou a matéria, repercutida no Blog do Taturana:

O debate é antigo, mas não envelhece, pois a cena se repete. Assim é a situação da Cadeia Pública de Paranavaí, que nesta semana atingiu novo recorde de superlotação.

Segundo um funcionário do sistema prisional, na sexta-feira 323 presos dividiam o espaço, sendo 26 mulheres. A cadeia tem originalmente capacidade para 96 detentos (número de camas).
Com tanta gente amontoada, as atenções devem ser redobradas, especialmente quanto à possibilidade de fuga ou outros problemas envolvendo os internos. Um funcionário confirmou que as condições não são ideais e que é preciso redobrar as atenções.
Em março, quando o assunto também foi notícia, a cadeia atingiu 315 detentos. Há anos o tema ´cadeia pública` volta ao debate, isso porque as autoridades de segurança e outras lideranças da cidade defendem a construção de um presídio e desativação da estrutura atual.
Dentre os argumentos, o fato de que a unidade prisional de Paranavaí está praticamente no centro da cidade e em bairro com grande número de residências. Outra questão é que os presos vivem em condições precárias, dificultando qualquer atividade indicada durante o cumprimento da pena.
Quem é contra a vinda do presídio teme o aumento da violência por conta da periculosidade dos novos detentos. Sem contar que as famílias acabam se mudando para a cidade com objetivo de ficar mais perto do parente que cumpre pena. Isso gera um aumento na necessidade de alguns serviços públicos, incluindo saúde e educação.

REIVINDICAÇÕES – Há um pedido de informações da Câmara de Vereadores para a Secretaria de Segurança Pública, abordando o tema presídio.
Outra informação é que, diante do problema, o deputado estadual Tião Medeiros (PTB) e o prefeito de Paranavaí, Carlos Henrique Rossato Gomes (PSDB), se reuniram com o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Júlio Reis. As soluções mais imediatas se concentraram na transferência de parte dos presos (alguns chegaram a ser transferidos) e veículos para o transporte de detentos. Por fim, a restruturação da cadeia, ação que teve sinal positivo por parte do secretário.

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