Alvaro embaralhou a eleição no Paraná, mas Osmar não desiste

De Celso Nascimento:

Nunca antes na história desse estado se instalou confusão política de tão grandes proporções. O jogo do senador Alvaro Dias ao puxar o tapete do irmão, na tentativa de inviabilizar a candidatura de Osmar Dias, mudou radicalmente o cenário que parecia consolidado há meses.

Se antes o eleitor tinha três opções viáveis para escolher o futuro governador, pode ser que agora elas sejam reduzidas a duas – Cida Borghetti (PP) e Ratinho Jr. (PSD) – sem a possibilidade de um tira-teima democrático e mais representativo da vontade popular.
Neste momento, 14h30 do dia 2 de agosto de 2018, reina ainda a dúvida se Osmar Dias vai se manter na disputa depois de perceber que o próprio irmão manipulou os cordeis para favorecer o adversário Ratinho Jr. na corrida pelo Palácio Iguaçu.
Mas ainda não há definição definitiva. Osmar não desistiu da candidatura, mas examina duas outras possibilidades – 1) candidatura isolada ao Senado pelo PDT, isto é, sem nenhuma coligação; e 2) ir para casa com a decisão de não mais voltar à política.
O que prende Osmar prioritariamente à primeira opção é a insistência de pelo menos três partidos pequenos e médios que demonstram vontade de firmar aliança com ele. Se confirmados, poderiam elevar seu tempo de propaganda eleitoral na TV para pouco mais de um minuto, mas ainda assim não poderia contar com outras vantagens adicionais e importantes numa campanha: estrutura, capilaridade e recursos financeiros.
Ao redor de Osmar, como “conselheiros” de última hora, circulam opiniões divergentes. A que parece ter mais força é a dos que afirmam que, apesar de todos os pesares, ele terá votação suficiente para, pelo menos, chegar com a segunda maior votação no primeiro turno e, portanto, apto a disputar o segundo – momento em que o jogo se iguala entre os dois candidatos. A corrente minoritária se esforça para convencê-lo a concorrer ao Senado enfrentando Requião e um combalido Beto Richa.
Não haverá resposta definidora antes de amanhã, sexta-feira (3), véspera da convenção do Podemos (pela manhã) e do PDT (à tarde).

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