Seria propaganda eleitoral irregular?

Leitor, meu amigo, envia-me o seguinte questionamento: ‘Uma questão me intriga. O Vereador, quando candidato a deputado, que faz uso da tribuna de uma Câmara, e discursa pautas relativas ao estado, como pedágio, saúde e segurança ou fala de questões de nível nacional como aborto, estaria usando da máquina e recursos públicos pagos com dinheiro do povo para fazer campanha?

Afinal, as transmissões das sessões da Câmara tem relativa audiência regional, as verbas de gabinete para pautar pesquisas, conteúdo e reuniões para tratativas dessas pautas, parece configurar uso indevido de recursos públicos. O que você acha?’
Meu comentário (Akino): De fato é uma questão que precisa ser analisada. Em relação aos candidatos sem mandato é uma vantagem indevida. Se falarmos dos que são candidatos à reeleição, não, pois esses têm os quatro anos para fazer campanha à reeleição e agora muito mais. Penso que errado é vereador poder candidatar-se a deputado e se não eleito voltar ao cargo. Na minha visão deveria renunciar, se quisesse outro cargo. O mesmo vale para deputados, senadores, e todos os cargos, como ocorre no Executivo. Vejam o caso de Dória, em São Paulo. Renunciou ao cargo de prefeito para tentar ser governador. Precisamos acabar com essa verdadeira ‘suruba’, como diria Jucá, entre executivo e legislativo. Deputados e senadores não poderiam ser secretários e ministros, nem vereadores secretários, garantidos no cargo. Quer ser? Renuncie. A hora de fazermos uma grande reforma eleitoral, e que contemple, também, o fim da reeleições indefinidamente. Que tal mandatos de 6 anos no Executivo, sem reeleição. O mesmo para vereadores, deputados e senadores, com uma reeleição e proibição de parentes e assessores serem candidatos após o segundo mandato?
Acredito que se acabaria com o profissionalismo político, no mau sentido da expressão.
Akino Maringá, colaborador

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