Jornal é condenado em ação do Sindijor Norte PR

Ação movida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) contra O Diário do Norte do Paraná resultou na condenação do jornal, que terá que pagar aos empregados salários atrasados, incluindo décimos terceiros, férias acrescidas de um terço, bem como depósitos de FGTS.

Na sentença, o juiz substituto da 1ª Vara do Trabalho de Maringá, Humberto Eduardo Schmitz, apontou que os argumentos da ré de que “atravessa amarga crise financeira” e de que “está em recuperação judicial” não justificam os atrasos nem afastam as obrigações legais. O juiz deferiu ainda o pedido de aplicação da correção monetária, conforme determina a cláusula sexta da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, e ao pagamento de R$ 2 mil a cada empregado representado pelo Sindijor Norte PR, a título de indenização por danos morais.
A decisão, porém, não atinge os funcionários que fizeram greve por três meses, que, cansados de esperar que a empresa honrasse seus compromissos, pediram rescisões indiretas na justiça.
Em mensagem divulgada nas redes sociais, o jornalista Luiz Fernando Cardoso explica que a decisão judicial não ampara nenhum dos grevistas. “A decisão judicial favorece apenas aqueles que não tiveram coragem de parar as atividades por conta dos meses de salários atrasados. Gente que não fez nada pelo que agora terá direito a receber. Para que a greve pudesse chegar ao fim, e também para que cada um pudesse tocar suas vidas, foi necessário ingressar com rescisões indiretas. Do contrário, teríamos de voltar à redação para servir a uma empresa que não pagava os salários. Você voltaria?
Infelizmente, a Justiça tardou e a decisão beneficiou quem menos merecia. Às vezes, a paz vem após a guerra, e quem mais sofre no processo é quem teve coragem de ir à “guerra”.
Faço esse comentário porque a notícia dada pelo Sindijor/PR não deixa claro (e DEVERIA deixar) que TODOS OS GREVISTAS ficaram de fora dessa decisão judicial. Nós continuamos sem receber um tostão, buscando o que nos é de direito por meio de ações de rescisão indireta individuais.
A Justiça novamente tardará, mas nossos votos é de que não torne a falhar. Abraços aos amigos. Obrigado pela atenção”.

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