Dobradinha no esquecimento

Nas redes sociais, políticos, cargos comissionados e correligionários ligados à família Barros tentam desvincular a governadora de Beto Richa, de quem foi vice de janeiro de 2015 até abril passado. É como se nunca tivessem participado da mesma eleição e do mesmo governo.

Em 2014, quem acompanha política sabe, Beto Richa resistiu o quanto pôde, mas acabou capitulando a Ricardo Barros, que, após deixar o governo onde tinha sido secretário de Indústria e Comércio, lançou a candidatura do irmão mais velho, Silvio Barros II, negociada no último prazo das convenções partidárias. Fez a aliança indesejada para continuar a ter poder.
Este ano, depois de sinalizar que não deixaria o cargo, voltou a negociar a cadeira no Palácio Iguaçu com Ricardo Barros. O deputado estadual, por sinal, era um dos seus alvos mais constantes nas conversas que mantinha com aliados: referia-se ao comportamento de Barros sem economizar tinta nas palavras.
Em 2014, Beto Richa e Cida Borghetti venceram a eleição compondo uma mesma chapa; estão juntos, novamente, nesta campanha. Mas, agora, dizem que por orientação palaciana, a ordem é fazer de conta que ela não foi vice de Richa, o preso. Podem, preferencialmente, dizer que Ratinho Junior foi secretário estadual, mas que ela, como vice, é como se não tivesse existido.

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