Prisão de Beto Richa teve fundo político, diz ministro do STF

Em sua decisão pela soltura de Beto Richa e de todos os outros 11 presos na Operação Rádio Patrulha por determinação do juiz Fernando Fischer, o ministro Gilmar Mendes destacou que “há indicativos de que tal prisão tem fundo político”.

Para ele, a investigação foi “destituída de qualquer fundamento” e “impacta substancialmente o resultado do pleito e influencia a opinião pública”, uma vez que o ex-governador é candidato ao Senado.
Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, “os fatos que deram ensejo à prisão ocorreram durante os anos de 2010 a, no máximo, 2013, ou seja, há longínquos 5 anos da data da expedição da ordem de prisão, o que afasta a contemporaneidade dos fatos e a demonstração da atuação da organização criminosa nos dias atuais. Além disso, a ausência de fatos recentes evidencia que o risco de que o requerente e os demais investigados possam atrapalhar as investigações é meramente retórico, genérico e conjectural”.

Entre os advogados que ingressaram com a arguição de descumprimento de preceito fundamental 444 está o criminalista Juliano José Breda, ex-presidente da OAB Paraná, que no ano passado derrubou, no STF, a condução coercitiva de investigados pela Polícia Federal, ao tratar do ocorrido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira a íntegra da decisão de Gilmar Mendes aqui.

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