Ao Gaeco, Joel Malucelli afirmou ter participado de reunião, diz Batisti

O empresário Joel Malucelli, investigado pela Operação Rádio Patrulha, prestou hoje depoimento na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Curitiba.

Malucelli, que estava de férias no exterior quando teve o mandado de prisão expedido, na última terça-feira (11), foi considerado foragido pelo Ministério Público do Paraná e se apresentou somente na sexta-feira (14), quando retornou ao país.
A assessoria do MP informou que o empresário, que é sogro do candidato João Arruma (MDB), prestou depoimento por uma hora e 17 minutos, onde apresentou a sua versão dos fatos.
O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, explicou que o investigado afirmou ter participado de uma reunião, mas negou a participação no processo de direcionamento para a licitação fraudulenta. “O que ele admitiu é que estava em uma reunião, e nesta reunião foi tratado de dinheiro e do contrato. Naturalmente ele negou que tenha participado do procedimento para o direcionamento, e disse que alugou as máquinas de propriedade da empresa dele para a empresa do Celso Frare”, comentou.
Batisti afirmou, ainda, que o empresário não deu pormenores da reunião que assumiu ter participado, e que fez uma “confissão velada”. “Isso corresponde com a investigação que afirma que houveram reuniões ou conversações a respeito e direcionamento, ou favorecimento, para a licitação, o que levou os empresários a “ajudar a campanha” [do ex-governador]”.
A denúncia, de acordo com o coordenador, está sendo elaborada no Gaeco e deve ser entregue até o próximo fim de semana à justiça. As investigações são pelos crimes de corrupção, indicação de lavagem de dinheiro e lei de licitação. Batisti lembrou que os 15 investigados podem ser chamados novamente para depor.
A ação deflagrada pelo Gaeco apura o pagamento de propina e superfaturamento de contratos para a manutenção e recuperação de estradas rurais, durante o programa Patrulha no Campo
Malucelli, assim como o ex-governador Beto Richa e a ex-primeira-dama Fernanda Richa, está entre os 15 investigados na ação deflagrada pelo Gaeco, que apura o pagamento de propina e superfaturamento de contratos para a manutenção e recuperação de estradas rurais, durante o programa Patrulha no Campo.
Todos os investigados foram soltos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal,m Gilmar Mendes, também na última sexta-feira. Malucelli foi o último a ser ouvido. (Via Massa News/Foto: Elisa Rossato/Rede Massa)

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