Apertou, sem abraçar

Nosso pai, seu Dozinho, um baiano de Rio de Contas, semi-analfabeto, tinha umas frases, digamos, de profunda filosofia. Hoje lembrei de uma (“agora você me apertou, sem me abraçar’), ao ser instado por um amigo a postar um texto, apontando as razões pela qual voto em um dos candidatos, Bolsonaro ou Hadadd. Outro amigo disse: ‘Se 17 e 13 são dois extremos, é preferível o extremo da ordem, ao da desordem.’

Vou ficar em cima do muro, não vou revelar minha preferência, embora a tenha. Votarei, e acho que todos deveriam votar. Se por hipótese absurda, todos os eleitores, inclusive os familiares resolvessem não votar, os dois candidatos certamente votariam, cada um em si, e neste caso Bolsonaro, mais idoso, seria o vencedor.
Talvez mais tenhamos que votar mais contra um do que a favor do outro, mas mesmo assim devemos votar. Quem seria o candidato da desordem, pergunto ao meu amigo? Esta eleição pode ser semelhante a um torcedor palmeirense, diante da decisão da Copa do Brasil, entre Cruzeiro de Corinthians. Torcer para o Corinthians? Jamais. E para o Cruzeiro que eliminou, injustamente, com erros de arbitragem, nosso time? Tive que escolher e comecei a torcer ontem.
Akino Maringá, colaborador

Advertisement
Advertisement