Acampamento de ciganos coloca faixa para inibir preconceito e discriminação

Uma faixa foi colocada defronte ao acampamento de ciganos localizado na avenida Tuiuti, esquina com a rua Samambaia, em Maringá, tentando inibir atos de preconceito e discriminação de alguns moradores daquela região.

No acampamento estão idosos (entre eles alguns que estão convalescendo de cirurgias delicadas), homens, mulheres, gestantes e até crianças de colo, que acabam sendo alvo de pessoas desrespeitosas e intolerantes, ignorantes no sentido de não conhecerem a história do povo cigano.
Os líderes do acampamento, Jair Alves e Antonio Pereira, falam neste vídeo sobre a situação, com o objetivo de promover reflexão e consciência.
Os ciganos frequentam Maringá há mais de 70 anos, utilizando temporariamente imóveis públicos e privados, e em sua passagem se dedicam ao comércio. Houve tempos em mais mais de 300 tendas (portanto, 300 famílias) se estabeleceram por aqui, em uma só passagem. Há em Maringá inclusive um espaço, na rua dos Gerânios, próximo ao Contorno Sul, destinado a abrigar a etnia.
O grupo que ocupa o terreno público da avenida Tuiuti, onde deve ficar por no máximo 60 dias, tem mais de 100 anos de história e passa por Maringá pela terceira vez nos últimos três anos. Entre eles há idosos doentes, que se submeteram a cirurgias e estão em recuperação. Terrenos em outras cidades foram considerados e descartados e, como o da avenida dos Gerânios está ocupado por outro grupo, não restou outra alternativa a não ser ocupar por um tempo o espaço na zona norte da cidade. O local é utilizado há cerca de 60 anos como ponto de concentração dos ciganos, m as desta vez a intolerância de alguns poucos vizinhos tem provocado certa tensão no acampamento, que vive uma situação atípica.
Autoridades estão acompanhando a situação daquela comunidade e a colocação da faixa remete à causa humanitária, ao informar que passarão algumas semanas no local e lembrar que “já nos odiaram por causa dos nossos costumes, já nos mataram em nome de Deus, já nos perseguiram em nome de ideologias, por favor não nos expulsem em nome dos seus preconceitos e das suas dificuldades em conviver com a diferença”.

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