Um dia se saberá

De Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo:

O lema do governo Trump deveria bastar a Jair Bolsonaro para poupar o Brasil dos arreganhos e do espírito típico de colônia adotados nas relações do futuro governo com os EUA.

“America first” transmite, entre outras coisas, uma mensagem imperiosa aos governantes atuais e vindouros, no sentido de que em tudo, nas relações com a “America”, o ganho americano há de prevalecer sobre o equilíbrio das vantagens mútuas.
A política externa que se antecipa não será do Brasil. Mais do que caudatária dos Estados Unidos por ideologia, será uma ação a serviço dos Estados Unidos e praticada por imitações. Não e nunca a política internacional de um país soberano, ainda que em frangalhos.
O que se pode esperar do futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, é uma figuração, ocupada com o desempenho burocrático do Itamaraty. A orientação de Bolsonaro em assuntos de política externa vem e virá do seu filho Eduardo. Mesmo o nome do futuro ministro pôde surgir de ou de mais colaboradores, mas a escolha coube ao filho. Já que apressada a ida de um representante do futuro governo a Washington, o indicado a fazê-lo seria o ministro escolhido. Não um deputado, que nem integra os quadros da nova administração. O deputado, porém, foi Eduardo Bolsonaro. Leia mais.

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