Pezão não poderia ser governador…

…assim como Pupin não poderia ter sido prefeito, nem Cida candidata a governadora. É o que interpreto, lendo atentamente a Constituição Federal (Art. 14 § 5º), cuja redação é a seguinte:

“O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente”.
Pezão e Pupin foram vice nos dos mandatos de de Cabral e Silvio II. Pezão assumiu em abril do do segundo mandato de Cabral e na prática estava completando o mandato desse, que não poderia ser reeleito e efetivamente foi para o terceiro mandato no executivo o que vedado pela constituição. Pupin fez o mesmo. São jeitinhos brasileiros para que um grupo conseguir três mandatos e até se perpetuar no poder.
O caso de Cida é um pouco diferente, mas igualmente, ao completar um segundo mandato de Beto Richa, que não poderia ter o terceiro, ela assumiu a vaga para que na prática o grupo Richa continuasse no poder. Não deu certo, mas poderia. Isso precisa acabar com um reforma política. Vejam que um um vice que teve dois mandatos seguidos não pode ser candidato a vice num terceiro, mas pode ser candidato a titular (prefeito, governador ou presidente), o que me parece uma grave distorção.
Levaremos ao ministro Sérgio Moro, ao senador Cajuru, e outros novos a sugestão de propostas de mudanças.
Akino Maringá, colaborador

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