Caso Coaf exige reação urgente de Sergio Moro

De Josias de Souza:

Até onde a vista alcança, não há no episódio sobre a movimentação bancária suspeita do ex-motorista do primeiro-filho Eduardo Bolsonaro nenhum bom exemplo. Mas o Caso Coaf é um bom aviso.

O brasileiro foi avisado do seguinte: enquanto as coisas não estiverem acomodadas em pratos asseados, o compromisso de Jair Bolsonaro de inaugurar uma gestão implacável com os malfeitos vale apenas até certo ponto. O ponto de interrogação.
Prestes a assumir um Ministério da Justiça turbinado, com o premonitório reforço do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que farejou a vaivém “atípico” de R$ 1,2 milhão, Sergio Moro está, por assim dizer, obrigado a dizer meia dúzia de palavras sobre o episódio. A presença da futura primeira-dama Michelle Bolsonaro no epicentro da crise indica que o pior excesso que o ex-juiz da Lava Jato pode cometer é o da moderação. Seu silêncio é simplesmente inaceitável. O próprio Moro fixou as balizas para o comportamento que se espera dele. Fez isso ao declarar coisas assim: “Eu defendo que, em caso de corrupção, se analisem as provas e se faça um juízo de consistência, porque também existem acusações infundadas, pessoas têm direito de defesa. Mas é possível analisar desde logo a robustez das provas e emitir um juízo de valor. Não é preciso esperar as cortes de Justiça proferirem o julgamento”. Leia mais.

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