Em fim de governo, IAP convoca audiência para criar parque estadual em Maringá e Marialva

Há dez dias a governadora Cida Borghetti autorizou o Instituto Ambiental do Paraná a publicar um edital de consulta pública para a criação da unidade de conservação Parque Estadual do Ribeirão Pinguim, em Maringá e Marialva. Tudo muito estranho.

A consulta foi feita após a candidata do PP ter sido derrotada nas urnas e está marcada para acontecer na quarta-feira, 19, em meio às festas natalinas. A primeira notícia a respeito foi dada neste blog no dia 4.
Fora o release, o único documento disponibilizado no site do IAP a respeito do assunto é o edital, que não foi precedido de nenhum outro tipo de procedimento padrão para a transformação do local, de 623 hectares, que, claro, será desapropriada e indenizada. Não há sequer dados sobre o local exato da área a ser desapropriada, somente a imagem acima. Aparentemente, o local é próximo ao traçado do Contorno Sul Metropolitano e do Parque Trebbiano, empreendimento imobiliário feito há alguns anos com uma empresa do casal Ricardo Barros-Cida Borghetti.
A publicação do edital, só poderia ter sido feita no prazo de 30 dias antes da audiência pública. O assunto também não foi apresentado pelo Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, uma vez que interfere no perímetro de Maringá.
Desde abril, quando Cida Borghetti assumiu o governo em lugar de Beto Richa, o IAP já teve dois presidentes, ambos de Maringá: Paulino Mexia, que ocupou o cargo até setembro, e de lá para cá o advogado Luiz Carlos Manzato, ex-secretário municipal das administrações do PP, que está com bens indisponíveis por conta de ações civis públicas por improbidade administrativa. Mexia também é de Maringá, tendo sido secretário de Meio Ambiente na segunda gestão Said Ferreira. Os dois são ligados politicamente à família Barros.

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