Servidores tentam diálogo

Aproximadamente 600 funcionários públicos municipais de Marialva aderiram ao abaixo-assinado que reivindica o ticket-alimentação para toda a categoria. O prefeito Victor Martini chegou a agendar reuniões três vezes, mas desmarcou, informa o Notícias de Marialva.

Em outubro, o Executivo propôs e o Legislativo aprovou em regime de urgência o pagamento do benefício para os conselheiros tutelares. A decisão privilegiou a função eletiva e ignorou o pedido dos funcionários de carreira, que solicitam o ticket-alimentação aos representantes sindicais (Sismav e APP-Sindicato) há mais de um ano. Com o abaixo-assinado, o funcionalismo pretende retomar o diálogo com o prefeito Victor Martini e com os vereadores de Marialva.
De acordo com o presidente do Sismav, Hélio Pinto da Silva, o documento coletivo não tem a intenção de revogar a concessão do benefício aos conselheiros tutelares. “Pelo contrário, queremos que ele seja estendido a todos os servidores do município, independentemente do valor remuneratório, como forma de a administração valorizar e reconhecer o trabalho a favor da população”, explica.
Há mais de um ano, os funcionários pedem o ticket-alimentação. A administração, porém, alega que o benefício só pode ser concedido como direito para aqueles que recebem o equivalente a até dois salários mínimos e meio. O mesmo Executivo conseguiu a aprovação, por unanimidade dos vereadores, do Projeto de Lei Ordinária nº 51/2018. O pagamento será realizado aos conselheiros tutelares, independente do montante recebido a título de remuneração.
“Essa decisão acarretou sentimento de desprezo e frustração não apenas para os 275 servidores do município que não recebem o auxílio em virtude do teto salarial, como também a todos os servidores efetivos”, acrescenta a presidente do núcleo regional da APP-Sindicato, professora Stella Napolis.

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