Liberdade de imprensa

Trecho do editoral do Estadão de ontem:

De uns anos para cá, particularmente em virtude da ampliação do uso das redes sociais e de aplicativos de comunicação instantânea, como o WhatsApp, tem havido uma enorme confusão entre o que é jornalismo e o que é a mera disseminação de informações, que nem sempre são verdadeiras – as chamadas fake news. Jornalismo se aferra aos fatos.

Apura-os com diligência e espírito público e os divulga quando se trata de interesse público. O trabalho jornalístico sério é referência para a articulação da sociedade em torno de um conjunto hierarquizado de informações. Muitos dos que dizem fazer parte de uma “mídia alternativa” passam longe desse tipo de cuidado.
Para agravar este quadro, na esteira da polarização política fortemente estimulada pelos governos lulopetistas, mas não restrita a eles, as notícias eventualmente contrárias aos interesses de governos de turno passaram a ser classificadas como mentiras. Tentou-se emular aqui o que o presidente Donald Trump tem feito nos Estados Unidos.
Não tem sido incomum que governantes ou seus acólitos incitem a militância contra os órgãos de imprensa, como se estes fizessem parte de um “complô”, quando se veem diante da divulgação de fatos que gostariam de manter na obscuridade. A má notícia, para os manipuladores das redes sociais, é que a imprensa séria e profissional tem a teimosia e a resiliência como alguns de seus melhores atributos.
A imprensa livre “apanha” desde que existe. Mas chegou até aqui, estimulando e consolidando incontáveis avanços políticos e sociais. Fugazes são os governos. Na íntegra, aqui.

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