Sobre a revogação da desapropriação do Hotel Bandeirantes

De João Regiani, em seu blog:

Corretíssima a providência adotada pelo governador Ratinho Júnior ao revogar o decreto de desapropriação do prédio do antigo Hotel Bandeirantes de Maringá assinado pela ex-governadora Cida Borghetti, em dezembro, ao apagar das luzes do seu mandato.

Pelo decreto de Cida seriam destinado R$ 23 milhōes dos cofres públicos do Estado do Paraná, a serem empregados em uma desapropriação estranhamente determinada/decretada em final de mandato. Naquele mesmo período (dezembro) a ex-governadora não se constrangeu em inaugurar nova ala do Hospital Universitário de Maringá desprovido de quaisquer equipamentos ou de pessoal (servidores) necessários para a sua regular utilização pela população de Maringá e região.
No dia de hoje (17), passados alguns dias da revogação, pelo governador Ratinho, do referido decreto desapropriatório, o jornal O Diário de Maringá publicou uma nota da assessoria da ex-governadora Cida Borghetti em que esta defendeu o decreto desapropriatório revogado, justificando-o no suposto interesse da comunidade maringaense (???) na sua manutenção sor o argumento de que tal geraria empregos e renda paras as pessoas e se prestaria a preservar a memória histórica de Maringá.
No entanto, ao meu ver maior interesse dos maringaenses se da no sentido de cuidar da saúde pública de Maringá e região, a fim de se preservar vidas e a saúde dos cidadãos.
Não me parece ético ou moralmente defensável a ex-governadora justificar o suposto interesse dos maringaenses na desapropriação do prédio em referência, sob a justificativa da geração de ALGUNS empregos, enquanto, ao mesmo tempo, fez inaugurar apressadamente – e dando a nítida impressão da busca de garantir que seu nome constasse da respectiva placa de inauguração – uma ala inteira do HU sem as mínimas condições de atender e preservar a vida das pessoas, de modo a colocar em segundo plano e a manter em risco, a vida e saúde de inúmeros paranaenses, os quais notoriamente vem sendo atendidos com precariedade naquela unidade hospitalar por falta de investimentos necessários.
E notem que a ex-governadora é mulher do ex-ministro da Saúde. É mole ou quer mais!?

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