Os prefeitos de Maringá e de Londrina resolveram mexer praticamente ao mesmo tempo na área de meio ambiente.

Em Maringá, confirmou-se esta semana a saída de Ederlei Alkamim (PV) da Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal, que deve ser nomeado chefe da 15ª Regional de Saúde. Alkamim poderá ser substituído por Marcos Zucoloto, servidor público municipal, que por sua vez deixaria a Secretaria de Obras Públicas, que seria entregue a Albari Alves de Medeiros, ex-governos Pupin/Cida Borghetti/Barros.
Em Londrina, administrada por Marcelo Belinati (PP), Gilmar Domingues Pereira (foto) deixa a Secretaria Municipal de Ambiente para assumir um cargo no novo Escritório de Projetos. Para o lugar de Pereira, cuja competência é respeitada na área, será nomeado um maringaense, o geógrafo José Roberto Francisco Behrend, que também foi cargo comissionado nas administração Silvio Barros II/Carlos Roberto Pupin e também no de Beto Richa/Cida Borghetti/Ricardo Barros, onde foi chefe do escritório regional do IAP, diretor de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição do Instituto Ambiental do Paraná.
Em março do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná considerou irregular a emissão de pareceres em processos de licença ambiental, e Behrend, que chefiava o escritório regional do IAP em Jacarezinho, foi responsável por emitir 159 pareceres conclusivos sobre pedidos de licença ambiental no período de 1º de janeiro e 22 de novembro de 2017 – 153 favoráveis -, referentes a investimentos em valor total superior a R$ 600 milhões. O futuro secretário de Meio Ambiente de Londrina também executou, em muitos processos, todas as etapas, sem a participação de nenhum servidor técnico efetivo do IAP. Apesar de haver nove servidores efetivos habilitados para a tarefa no escritório, o servidor comissionado foi responsável por mais de um terço dos pareceres conclusivos de licenças ambientais emitidas por toda a regional no período analisado, tendo emitido um deles em apenas 22 minutos.