Maringá tem vereador de menos

Basta comparar Maringá com outras cidades paranaenses para perceber que, pelo tamanho da cidade, temos vereadores de menos. Menor número de vereadores significa uma sociedade menos representada.

Com isso, torna-se maior a chance de grupos articulados, e poderosos economicamente, elegerem representantes para defenderem seus interesses, tirando muitas vezes a possibilidade de verdadeiros representantes de segmentos populares. O comparativo acima ainda mostra que até na questão do subsídios os vereadores maringaenses estão longe da maioria das cidades de seu porte.
Das 16 legislaturas que a Câmara de Maringá teve, somente a primeira (1952-1956) e as três últimas (2009-2012, 2013-2016 e 2017-2020) não contaram com 21 vereadores. Em 12 legislaturas, prevaleceram as 21 cadeiras.
Chegou a hora de se repensar o número de cadeiras no Legislativo maringaense. Pela legislação federal, poderíamos ter até 23 vereadores. A redução para 15 deu-se a partir de um movimento elitista, nascido dentro de uma entidade classista, e que reuniu gente que hoje inclusive está cumprindo mandato legislativo. Há inclusive os que participaram do movimento dos ‘camisetas pretas’ e se arrependeram de ter brigado para reduzir o número de vereadores, pois isso não implicou na redução de um centavo sequer de despesas; resultou, sim, numa câmara municipal menos representativa do espectro da comunidade. Nela, há três legislaturas, a comunidade está menos representada.
Está na hora de Maringá voltar a ter o que implantou 63 anos atrás: um Legislativo com 21 cadeiras. Nisto, precisamos voltar no tempo.

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