Loteamento é anunciado como sendo o antigo Centro Cívico-Eurogarden

A divulgação de imagens do Eurogarden, que foi sepultado há quase um ano como operação urbana consorciada, pode acabar no Ministério Público e no Procon. É que o loteamento foi apresentado num portal de notícias como sendo o antigo projeto, revogado pelo Legislativo.

A utilização de imagens do projeto inicial – apresentado há mais de seis anos por uma empresa que à época tinha como donos menores de idade – pode caracterizar propaganda enganosa.
A professora Ana Lúcia Rodrigues, do Observatório das Metrópoles, reagiu nas redes sociais, ao replicar postagem do presidente da Câmara de Maringá, Mário Hossokawa (PP), e comentar que a operação urbana consorciada foi cancelada pelo loteador e revogada pela Câmara, porque não foram cumpridas as etapas acordadas com o poder público.
“Anunciar o Loteamento Eurogarden como o antigo Centro Cívico-Eurogarden será enganar o consumidor”, escreveu ela no Facebook. O material que tem sido divulgado é praticamente o mesmo disponibilizado no site da Argus Empreendimentos Imobiliários Ltda., que em chegou a colocar o empreendimento à venda na OLX por R$ 600 milhões.
Um vídeo que circula com a reportagem traz animação gráfica produzida em 2013 por um estúdio especializado em design e tecnologia focado na arquitetura interativa digital (marketing imobiliário). Ao destacar que o loteamento funcionará como smart city, e funcionar como uma minicidade, a propaganda lembra muito a do Parque Trebbiano, anunciado em janeiro de 2015 pela curitibana Paysage em Marialva, como sendo o primeiro bairro fechado com conceito smart city da região. A primeira etapa deveria ter sido entregue em abril de 2017. Enquanto o Trebbiano ressaltava a proximidade do empreendimento com os futuros Centro Cívico, polo aeronáutico e parque industrial, o Eurogarden agora refere-se aos futuros prédios do fórum e da prefeitura e do Hospital da Criança.

https://youtu.be/tzLjzH8fpOw

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