Pelotão de fuzilamento

De Reinaldo Azevedo:

Em nenhuma democracia do mundo — e já fiz essa crítica quando os presos eram petistas, por exemplo —, membros do Ministério Público e da Polícia Federal se juntam num pelotão de fuzilamento, a título de conceder uma entrevista coletiva, para destruir a reputação do investigado antes mesmo da existência de um processo formal.

Nessa investigação, o ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco e alguns outros nem réus são ainda; a denúncia não foi ainda oferecida. A prática é vergonhosa. Acusações novas vão sendo lançadas ao vento, ao sabor da vontade dos entrevistados, e, por óbvio, a defesa não está presente para rebatê-las.
Venham cá: pode-se, nesse caso, falar em devido processo legal e amplo direito de defesa?
O que se fazia ali era um julgamento em praça pública que dispensava a apresentação de provas.

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