Promotoria investiga se Ricardo Barros cometeu atos ilícitos na desapropriação de terras para o Parque Cidade Industrial

O promotor de justiça Leonardo da Silva Vilhena, da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público, instaurou na terça-feira inquérito civil público para apurar denúncias contra o deputado federal Ricardo Barros (PP), por supostos ilícitos cometidos quando da desapropriação de terras para a implantação do Parque Cidade Industrial de Maringá.

A abertura do inquérito é desdobramento da condenação do ex-prefeito Silvio Barros II (PP), dos ex-secretários municipais Valter Viana e Luiz Carlos Manzato, além de outras quatro pessoas, por enganar os proprietários das terras na região da Estrada Pinguim, quando ele era secretário de Indústria e Comércio de Beto Richa (PSDB). O juiz Nicola Frascati Junior, da 2ª Vara da Fazenda Pública, condenou os três políticos envolvidos por improbidade administrativa, à devolução de dano sofrido pelo erário, pagamento de multa equivalente a 20 vezes o valor do salário que recebiam à época dos fatos (2011).
Ricardo Barros teve conversas telefônicas gravadas com autorização da justiça e nelas aparecia orientando secretários municipais sobre como proceder no caso de licitações do lixo e da publicidade e em desapropriações de terras. A foto acima é de outubro de 2013, quando foram assinados os primeiros contratos do parque.
O deputado foi citado durante os depoimentos feitos ao juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública, e o juiz decidiu encaminhar esses trechos ao Ministério Público Estadual para as devidas providências.
No dia 21 a RPC divulgou que o promotor de justiça Pedro Ivo Andrade denunciou o parlamentar, que foi prefeito de Maringá entre 89 e 92, por interferir numa licitação de publicidade durante a segunda gestão do irmão mais velho, no valor de R$ 7,5 milhões. O MP também investiga o direcionamento do dinheiro dessa verba de publicidade nas gestões Silvio Barros II e Carlos Roberto Pupin; a desconfiança é de que o dinheiro privilegiou emissoras e programas ligados à família Barros.

Advertisement
Advertisement