Fiz e refiz meu conceito sobre o Refis

Confesso que não havia acompanhado, na Câmara de Maringá, a discussão em torno de uma emenda do IPTU, que alguns dizem, foi ardilosamente incluída no Refis que era consenso, o de imposto municipais, como ISSQN para empresas em dificuldades.

Mas assistindo a gravação da sessão e das falas dos vereadores Onivaldo Barris, Alex Chaves, Mario Verri, Mário Hossokawa e Jean Marques, juntando a comentários esparsos que acompanhei pela imprensa, não tenho dúvidas que o vereador Odair Fogueteiro, sobretudo, pisou na bola.
Tudo leva a crer que havia interesse oculto e a intenção principal não seria beneficiar pequenos contribuintes, os pobres, quase miseráveis, do verdadeiro sentido da palavra. Jean Marques falou em especuladores imobiliários, eu diria que talvez investidores que erraram no cálculo das condições de mercado e construíram muitas casas, e as vendas encalharam. Alguma coisa havia por trás de tanto interesse e desespero a ponto de ajoelhar, implorar e depois ofender, brigar com colegas. Ficou ruim para ele, que pelo menos parece que baixou a bola, a julgar pela sua fala.
Onivaldo Barris, um dos grandes vereadores da atual legislatura, foi duro, nada gentil (nem poderia), falou direto e a carapuça deve ter servido como uma luva. O presidente Hossakawa, que não esteve presente, foi leal com os companheiros e disse que votaria contra se estivesse presente. Mário Verri que presidiu a sessão e não votou, manifestou-se igualmente ao lados do que foram contra um absurdo que seria privilegiar os que não pagam em dia, em detrimento dos pontuais, a grande maioria.
Há o que comemorar, mas sem soltar foguetes, na decisão dos vereadores, afinal cinco edis votaram a favor, apesar de esclarecidos do erro que seria a aprovação. Fiz e refiz meu conceito sobre a atuação de alguns.
PS: Um gesto nobre de Fogueteiro seria renunciar ao cargo na Comissão de Finanças e Orçamento, poupando o desgaste da destituição que foi pedida.
Akino Maringá, colaborador

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