Operação da PF contra empresa de Novo Hamburgo alerta maringaenses

A Operação Egyto, realizada hoje em cidades gaúchas, catarinenses e em São Paulo, contra a InDeal, uma empresa de criptomoeda que arrecadou R$ 700 milhões em seis meses (leia mais), arrepia a espinha de maringaenses em busca de lucro fácil.

Há menos de dois meses a Comissão de Valores de Valores Mobiliários divulgou um alerta ao mercado sobre a atuação da empresa Zero10 Club e seu sócio, Gabriel Tomáz Barbosa. A empresa, suspeita de comandar esquema de pirâmide, oferece investimentos em “cotas empresariais” com ganhos de 5% a 15% ao mês, quase três vezes a taxa de juro básica de um ano, de 6,5%. Em seu site, porém, não há dados da empresa, nem sequer o endereço de sua sede. Diz apenas que a Zero10.Club “é uma intermediadora de negócios e ativos digitais, que, entre outras operações, intermedia (sic) a cessão de cotas da empresa Genbit”, conjugando errado o verbo “intermediar”, apesar de ser essa a principal atividade da empresa, como bem lembrou Angelo Pavini.
O blog soube que muitos maringaensses investiram no Zero10 Club, que na verdade é o nome fantasia de uma empresa de Valinhos (SP), cujo capital social é de menos de R$ 94 mil. No Facebook, a empresa diz ser de Campinas. O site do Zero10 Club informa que são oferecidas como garantias uma política de compliance e a opção de contratação de um Fundo de Garantia de Créditos, ZRH Capital, “de forma a dar mais tranquilidade e garantia das operações realizadas”. A ZRH tem sede em Campinas (SP). Até meses atrás a garantia era da Zurich Capital, que tem sede em Maringá e pertence a José Newton Esteves Garcia, que também é dono da Procar Rent A Car S/A, de Campinas (SP), que funciona no mesmo endereço da ZRH. Além de Gabriel Tomaz Barbosa e Jose Newton Esteves Garcia, são sócios na empresa de transporte de passageiros e locação de automóveis com motoristas Fabio Aparecido de Almeida, Davi Maciel de Oliveira e Nivaldo Gonzaga dos Santos.

(Foto: Divulgação/PF)
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