Congresso limita ação de Bolsonaro
e debate semiparlamentarismo

De Ranier Bragon e Thais Arbex na Folha de S. Paulo:

Seja qual for o resultado das manifestações de rua pró-Bolsonaro deste domingo, líderes dos partidos que comandam hoje o Congresso Nacional definiram um pacote de medidas para limitar o raio de ação do presidente da República e tocar por conta própria temas considerados cruciais pelo empresariado e pelo mercado, como as reformas da Previdência e tributária.

A avaliação uníssona colhida pela Folha com congressistas é a de que Jair Bolsonaro (PSL) tem demonstrado incapacidade de governar, o que levou ao surgimento de um debate sobre impeachment com apenas cinco meses de gestão e a reativação das discussões sobre a mudança do sistema de governo do presidencialismo para algo próximo ao parlamentarismo.
Além de colocar um carimbo próprio no projeto de reforma da Previdência elaborado pelo governo, a Câmara deu a largada na discussão sobre mudanças tributárias ao aprovar nesta semana, na Comissão de Constituição e Justiça, texto assinado pelo líder do MDB, Baleia Rossi (SP).
A insatisfação dos congressistas encontra lastro e incentivo no mundo empresarial e financeiro. Isso tem estimulado deputados e senadores a assumirem a linha de frente de ações que, em cenários de pacificação política, seriam capitaneadas pelo Planalto.
Segundo essas análises, não há no governo nenhuma proposta concreta sobre o que fazer para além das mudanças previdenciárias. Leia mais.

(Foto: Ana Volpe/ Senado)
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