Experiência espanhola pode ser modelo para projeto do agronegócio na região da Amusep

O projeto de desenvolvimento regional executado na Província de Alicante, localizada no Sudeste da Espanha, pode servir de modelo para a implantação de programa semelhante na área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense.

O primeiro passo para a formalização de um convênio de cooperação técnica foi dado na manhã do dia 13 de junho, durante reunião no Auditório do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Estadual de Maringá.
As práticas adotadas e os resultados alcançados em solo espanhol foram apresentados pelo professor doutor José Daniel Gómez López. Ele falou para um grupo de representantes das entidades e instituições envolvidas na nova fase da parceria entre a Amusep, UEM, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), e Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
López é um conhecedor da realidade do noroeste paranaense. Ele é um dos idealizadores de um termo de cooperação internacional entre as universidades de Maringá e de Alicante, formalizado há mais de vinte anos. Na mais recente passagem pelo Brasil, ele esteve no Paraná, para participar do XIII Curso Internacional de Cooperativismo e Desenvolvimento (Cicoop), realizado entre os dias 10 e 12 de junho, no campus sede da UEM.
De acordo com López, há várias semelhanças entre as realidades das regiões da Amusep e de Alicante. A principal é a estrutura empresarial, onde predominam as micro, pequenas e médias empresas, tanto no campo quanto na cidade. Outra é que no início da execução do projeto espanhol, a economia do país ibérico passava por um período de recursos escassos e rigor nos investimentos. “Austeridade na aplicação das verbas oficiais e foco no foco eram as palavras-chaves”, destaca.
Uma saída, segundo López, foi se espelhar em experiências de sucessos registradas na Comunidade Europeia e adaptá-las para a realidade espanhola. “Alicante está entre o Litoral do Mar Mediterrâneo e uma região montanhosa. O clima é seco. Buscamos aproveitar o potencial turístico e agrícola, para diversificar as fontes de renda e estimular a permanência dos jovens no mundo rural”, ressalta.
Ele explica que a estratégia foi convencer os agricultores a constituírem cooperativas. “Havia uma única decisão: ou os produtores se uniam ou desapareciam”, frisa. O trabalho frutificou. Hoje, existem 65 estruturas do gênero em atividade na Província de Alicante, que extrapolam as questões do agronegócio e atuam na elaboração de políticas públicas e auxiliam na gestão dos respectivos municípios.

BUSCA DE INFORMAÇÕES
Para os representantes dos parceiros do projeto da Amusep, o momento é de reunir a maior quantidade possível de informações para ampliar o poder de decisão. Há o consenso de que as estratégias a serem colocadas em prática no noroeste do Paraná devem seguir modelos testados e aprovados em outras regiões ou países para reduzir os riscos, evitar erros e aumentar as probabilidades de acertos. (Amusep)

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