Universidades estaduais estão entre as melhores da América Latina

As universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) estão entre as melhores instituições de ensino, segundo o “Latin America University Rankings 2019” da revista inglesa Times Higher Education, publicado hoje. As universidades melhoraram seus desempenhos em todos os indicadores analisados pela THE.

A classificação utiliza 13 indicadores de desempenho que são aplicados no “THE World University Rankings”. São avaliados critérios de ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectivas internacionais.
O Brasil é o país mais representado na tabela, conquistando mais de um terço de todos os lugares e seis dos dez primeiros colocados. No total foram 52 universidades avaliadas, 9 a mais do que em 2018.
Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, o ranking demonstra a consolidação do trabalho desenvolvido nas universidades. “As universidades estaduais são polos geradores de conhecimento por meio do ensino, pesquisa e das atividades de extensão. A classificação alcançada no ranking projeta as instituições entre as melhores da América Latina”.
A UEL é a universidade mais bem classificada do Estado, saltando da posição 48ª em 2018 para 39ª neste ano. A universidade também se destacou nos critérios de pesquisa e ensino, ficando entre as 29 melhores da América Latina.
A instituição também está presente entre as 800 melhores universidades do mundo, segundo o QS World University Rankings, também divulgado nesta terça-feira pela consultoria britânica especializada em ensino superior Quacquarelli Symonds.
Para a diretora de Avaliação e Informação Institucional, da Pró-Reitoria de Planejamento da UEL, Elisa Emi Tanaka Carloto, a melhoria da avaliação da UEL é reflexo do esforço da comunidade universitária na geração de conhecimento, formação de recursos humanos de alto nível acadêmico e no desenvolvimento de tecnologias.
A UEM ficou classificada entre a posição 71ª e 80ª na classificação geral e entre as 55 mais bem avaliadas no quesito ensino. Para a coordenadora de Planos e Informações da UEM, Márcia Samed, os resultados dos rankings proporcionam um entendimento sistêmico da instituição, “pois apontam os caminhos em que conseguimos alguns avanços e sinalizam as insuficiências que precisam ser corrigidas”.
A UEPG está entre as 58 melhores instituições no quesito ensino e entre as 66 melhores em número de citações. As citações refletem a influência da universidade na disseminação de conhecimento pelo mundo.
Ao todo o ranking avaliou mais de 62 milhões de citações em 12 milhões de artigos de periódicos, anais de congressos e capítulos de livros publicados ao longo de cinco anos. Os dados incluem as 23 mil revistas acadêmicas indexadas pelo banco de dados Scopus da Elsevier e todas as publicações indexadas entre 2012 e 2016.
No ranking geral a universidade ganhou 10 posições e está entre as 80 melhores da América Latina. Segundo o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, a universidade tem se dedicado a fornecer os dados para o ranking com o objetivo de dimensionar a qualidade das atividades desenvolvidas. “A atual administração tem focado na alimentação de todos os dados fornecidos à revista THE para mensurar a real dimensão da universidade. Acreditamos que vamos continuar subindo nos rankings com os investimentos estratégicos que estamos realizando”.
Em comparação com o ranking de 2018, a Unioeste avançou nos tópicos de “relação com a indústria”, ensino e pesquisa. A universidade ocupa a 84ª posição em inovação e oferta de soluções para a iniciativa privada. Essa categoria avalia a transferência de conhecimento observando a receita de pesquisas que uma instituição obtém da indústria.
A categoria indica quanto as empresas estão dispostas a pagar pela pesquisa produzida por uma universidade e a capacidade de atrair financiamento no mercado comercial. Nas demais avaliações a universidade ficou entre as 100 melhores da América Latina. (ANPr)

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