Moro já apoiou vazamento
com um ‘propósito útil’

Em artigo que escreveu antes da fama, sobre a italiana Operação Mãos Limpas, lembra o jornalista Josias de Souza, Sergio Moro defendeu clara e abertamente o vazamento de informações sigilosas quando a ação for motivada por um “propósito útil”.

Exatamente como propôs no caso do suborno que a Odebrecht pagou a autoridades da Venezuela, conforme notícia veiculada pela Folha, em parceria com o The Intercept. No texto, escrito em 2004, Moro anotou que os responsáveis pela Operação Mãos Limpas “fizeram largo uso da imprensa.” Segundo ele, a investigação “vazava como uma peneira. Tão logo alguém era preso, detalhes de sua confissão eram veiculados no ‘L’Expresso’, no ‘La Republica’ e outros jornais e revistas simpatizantes. Deu-se coisa semelhante na Lava Jato.
Moro acrescentou no artigo sobre a Itália: “Apesar de não existir nenhuma sugestão de que algum dos procuradores mais envolvidos com a investigação teria deliberadamente alimentado a imprensa com informações, os vazamentos serviram a um propósito útil. O constante fluxo de revelações manteve o interesse do público elevado e os líderes partidários na defensiva”. Leia mais.

(Foto: Lula Marques)
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