Só o egoísmo e o ódio têm pátria…

…a fraternidade, não. Com esta frase de Lamartine (1790-1869), convido o leitor a fazermos reflexões sobre algumas das falas do presidente Bolsonaro: ‘Eu quero beneficiar meu filho, sim’. ‘Se tiver que dar filé mignon, dou’. ‘Ninguém passa fome no Brasil. Dentre os ‘paraíbas’ o do Maranhão é o pior’.

Minhas reflexões: Presidente, presidente, V. Excia não pode falar sem pensar, ou falar tudo que pensa. Favorecer o filho é mais que nepotismo, embora ache que é pouco inteligente nomeá-lo para embaixador nos EUA, pois além do desgaste, como deputado teria mais força e mais prestígio, acredito. Favorecer o filho é egoísmo, principalmente ao dizer que filhos de outros não passam fome. Chamar nordestinos de ‘paraíbas’, como num bar, em clima de gozação demonstra um certo ódio preconceituoso.
V. Excia passou por uma experiência de quase morte e o atentado ajudou a elegê-lo. Se diz tremendamente evangélico (cristão), mas tem atitudes quem nem o pior dos menos crentes teria.
Temos nos esforçado para defender seu governo, que acho, apesar dos pesares, é melhor do que seria um de Haddad, mas nos ajude por favor. Fale menos coisas que os asnos não falariam, contenha-se presidente. ‘Só o egoísmo e o ódio têm pátria. A fraternidade, não.’ Repito a frase de Lamartine para dizer que o Brasil não pode ser a pátria do egoísmo e do ódio, mas da fraternidade. O Brasil, segundo o Espírito Humberto de Campos é o coração do mundo, pátria do evangelho e um presidente que se diz evangélico, não pode demonstrar egoísmo e ódio.
A propósito do livro de Humberto de Campos, leia aqui.
Akino Maringá, colaborador

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