A maré de Moro

Marco Antonio Villa acertou na veia quando disse que o maringaense Sergio Moro, ministro da Justiça, passou de gigante a anão ao virar político ligado a Bolsonaro. Vejam duas recentes:

Maia acumula vitórias, e Moro só derrotas – Ricardo Noblat: O que o ministro Paulo Guedes, da Economia, e o Partido dos Trabalhadores (PT) têm em comum? Os dois, ontem, protagonizaram cenas que obrigatoriamente serão usadas em uma eventual campanha de Rodrigo Maia (DEM-RJ) a presidente da República ou a vice em 2022. Guedes atravessou a Esplanada dos Ministérios e foi ao plenário da Câmara agradecer publicamente a Maia a aprovação relâmpago em segundo turno da reforma da Previdência. (…) Enquanto isso, a pouca distância da Câmara, recolhido em seu gabinete e cercado por assessores de confiança, o ministro Sérgio Moro, da Justiça, amargava sucessivas derrotas. Foi a Polícia Federal, subordinada a ele, que havia pedido a remoção de Lula de Curitiba a pretexto de que sua presença, ali, incomodava a vizinhança do local. Foi a juíza que substituiu Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, e que obedece às suas orientações, que havia ordenado o despejo de Lula. Ela levou um ano para decidir. Leia mais.

Bicho do Paraná – Rogério Distéfano: Engalanado e embevecido, o Paraná assiste a consagração de um nativo na constelação dos grandes sociólogos do universo. Homem dois palmos mais alto que Émile Durkheim, um dos pais fundadores da ciência social, na atualidade das convicções gêmeo intelectual de Max Weber. Trata-se de Sergio Moro, um Vilfredo Pareto pé-vermelho.
Sim, trata-se de nosso ex-juiz ferrabraz da Lava Jato, hoje pelos azares do temperamento bolsonaro, um pálido ministro da Justiça, a buscar protagonismo e substância. (…)
O Moro de Maringá não é como o Moro de Veneza, Otelo, corno e ciumento mórbido que matou Desdêmona, a heroína de Shakespeare: “A mulher sofre violência porque é mais forte. O homem comete violência contra ela porque sente-se inferiorizado, amedrontado”. Eis a essência do pensamento, vivo e atual, de nosso Moro. Leia mais.

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