Dias de desassossego

A semana não está sendo boa com o outrora todo-poderoso Ricardo Barros. Vamos aos fatos.

Ele ficou sabendo que o irmão mais velho, sua grande aposta para candidato a prefeito pelo PP em 2020, praticamente desistiu; Silvio, além das questões pessoais e judiciais, não gostaria de correr o risco de perder duas eleições seguidas, e a do ano que vem seria sua quinta campanha eleitoral.
Depois, foi surpreendido pela saída de Carlos Roberto Pupin, a quem tanto ajudou no TSE em 2012. Lembre-se que Pupin já não era o presidente do PP local desde maio. Antes dele, outro ex-prefeito – José Luiz Bovo, de São Jorge do Ivaí – também havia deixado o PP, partido que já abriu mão de ter o presidente da Câmara de Maringá, Mário Hossokawa, e do recordista atual de mandatos seguidos, o vereador Belino Bravin.
Aí vem a notícia de que a Ambev foi citada na delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci. Barros, dizem as colunas políticas e sociais, tem amizadecom Jorge Paulo Lemann, sócio da empresa e homem mais rico do Brasil.
Como se não bastasse, o governo federal cortou mais de R$ 40 milhões que estavam na emenda de bancada para começar o tão sonhado Contorno Sul Metropolitano, cujo traçado parece ter sido feito sob medida. O empenho do parlamentar para o CSM foi maior que o dispedido para o Contorno Norte.
Para finalizar a má fase, ele tem contra si a energia negativa do ex-colega de Câmara Federal e de presidência estadual do PP, o ex-deputado Nelson Meurer, que estaria em Bom Jesus do Sul. Com chances de ser preso por conta da Lava Jato – pode puxar cadeiaem Barracão ou em Francisco Beltrão – , Meurer estaria magoado com Barros, assim como com o deputado federal José Carlos Schiavinato, que não estariam cumprindo eventuais acordos.

(Foto: Orlando Kissner/Alep)
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