Acusados de assassinar auditor
serão julgados terça em Maringá

Acontece na terça-feira às 8h30 em Maringá o julgamento dos acusados do assassinato do auditor fiscal José Antônio Sevilha, ocorrido em setembro de 2005.

Casado, pai de três filhos, ele tinha 43 anos quando foi executado em frente à casa da mãe, quando saía para buscar a mulher no hospital, após uma cirurgia. No inquérito conduzido pela Polícia Federal, as investigações apontaram que o crime foi motivado por represália ao trabalho desempenhado pelo auditor como chefe da Seção de Controle Aduaneiro da Receita Federal em Maringá. Conhecido pelo rigor no combate a fraudes em importações, Sevilha investigava a empresa Gemini, uma das maiores importadoras de brinquedos do país, com matriz em Maringá e filiais em Barueri (SP). Naquele mesmo ano, a Receita Federal fez uma operação que resultou na interdição da empresa, acusada de sonegar impostos.
Serão julgados na próxima semana três dos cinco indiciados: o empresário Marcos Gottlieb, proprietário da Gemini e apontado como mandante do crime; Fernando Ranea, que seria o executor; e Moacyr Macêdo, que teria aproximado os dois. Outros dois homens foram indiciados, porém um nunca foi localizado e outro morreu durante cumprimento de pena pelo crime de sequestro. Acusados de homicídio qualificado, os três indiciados responderam ao processo em liberdade. Já na fase final do processo, há cerca de seis meses, a Justiça teve dificuldade em localizar o empresário, e por isso determinou sua prisão preventiva.
A investigação terminou em 2007 e o delegado responsável pelo inquérito, Ronaldo Carrer, é uma das principais testemunhas de acusação. Para ele, não há dúvidas de que a morte do auditor foi encomendada por Marcos Gottlieb. Por questões de segurança, foi determinado sigilo em relação às demais testemunhas. As informações são do Sindifisco, que tem dado suporte jurídico à família e estará presente à audiência (leia mais).

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