Um tema vomitivo

O deputado estadual Homero Figueiredo Lima e Marchese (detentor de franquia do MBL em Maringá e filiado ao Pros, que apoiou o PT em 2018) voltou a produzir fake news, desta vez da tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão de ontem.

Em discurso colérico, ele insultou e maltratou pessoas, passou informações incorretas, misturou bolas e até menos prezou a própria cidade de Maringá.

Na sua ânsia por atacar, difamar e ofender quem não lhe serve de capacho, tenta detonar reputações, embora conviva com gente que agrediu e roubou, além de ter empregado condenado por improbidade no escândalo Paolicchi-Gianoto. No final de semana, usou suas redes sociais para injurir três mulheres que estavam trabalhando; claro, vai ser processado novamente. A mais recente transitou em julgado. Mas, sobre isso, ele não fala da tribuna. Usa-a basicamente para agredir e fazer política paroquiana, tornando-se na prática o 16º vereador de Maringá – e o mais caro, já que ganha como deputado estadual.

Na quinta-feira da semana passada, por exemplo, ele e um seu assessor de imprensa informal foram ouvidos em uma das ações movidas por este modesto blogueiro contra o rei da mentira – aquele que falou da tribuna que havia apresentado mais de 200 projetos e, na verdade, só tinha apresentado um. Ele aposta na ignorância dos que não lhe conhecem e na paciência dos que, lhe conhecendo, sofrem suas diatribes. De minha parte, continuarei a recorrer à justiça toda a vez que ele mentir a meu respeito, no que parece ser uma fixação que somente Freud poderia explicar. Seus vitupérios, lamentavelmente, são feitos de sessões que são televisionadas, do alto de tribuna que deveria ser usada para defender o povo e não atacar os desafetos que ele escolhe – e cada vez o número deles é maior, boa parte formada de ex-companheiros, usados em seus projetos políticos e descartados, quando não perseguidos. Aos atacados os instrumentos de defesa não são os mesmos, infelizmente.

A Juventude Socialista do PDT foi feliz ao analisar o projeto de político. “Homero não respeita diversidade de opiniões e ataca tudo que desconhece, não solicita esclarecimentos prévios e sai atacando e destruindo reputações de todos que são supostamente adversários (menos do presidente do seu partido que foi preso por crimes de corrupção). (…) Preso em sua bolha ideológica, se esquece que Maringá é muito maior que seu curral eleitoral na avenida XV de Novembro”, diz trecho da análise.

Emético, o deputado em questão, quando ataca a mídia, de forma velhaca protege alguns veículos de comunicação. Felizmente não tem como esconder os seus gastos, também usando dinherio público. Ele aposta na polêmica como meio de aparecer, mesmo que isto demande modos e atitudes indecentes, mesmo que isto exija discurso de ódio – seja contra trabalhadorsas, coletores de latinhas, companheiros de partido, servidores públicos etc.

Se as pessoas se dividissem apenas como sendo do bem ou do mal, saberíamos mais facilmente como classificá-las. Afinal, não há mal que não possa ser útil a alguém, escreveu Romain Rolland – e talvez isto ajude a explicar certas coisas.

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