Parte do MBL já considera injusta
a condenação de Lula

Por Igor Carvalho:

A tentativa do Movimento Brasil Livre (MBL) de se distanciar da “direita raivosa” e adotar posições mais moderadas no debate político deu início a um processo interno de autocrítica que, entre outras revisões, começa a questionar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve direito a um julgamento justo.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o vereador paulistano Fernando Holiday (foto/DEM) revelou que parte do movimento tem dúvidas a respeito da parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condenação de Lula – embora esta, ressaltou, não seja a sua posição.
“Existem pessoas no MBL que discordam do que eu estou falando. É uma divisão interna, mas não encontrei nenhum tipo de indicação de que nos autos ele agiu com intenção de prender o Lula e ‘dane-se o mundo’”, frisou.
Perguntado sobre quais seriam as pessoas que pensam diferente dele, esquivou-se. Sobre outros temas, no entanto, Holiday foi bastante incisivo, afirmando que uma das principais tarefas do MBL hoje é se afastar do clima bélico que ajudou a construir.
Colabora para essa guinada o fato de alguns de seus principais integrantes estarem assumindo postos importantes na política institucional. Além de Holiday, eleito vereador em 2016, Kim Kataguiri, uma dos rostos mais conhecidos do grupo, se tornou deputado federal, enquanto Arthur Moledo do Val, conhecido pelo canal “Mamãe falei”, foi eleito deputado estadual. Todos pelo DEM paulista (leia mais).
Ainda não se sabe se o MBL, ligado a um deputado estadual, tomará a mesma posição.

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