Vestibular dos Povos Indígenas
tem 750 candidatos

O Vestibular dos Povos Indígenas será disputado neste ano por 750 candidatos de diferentes etnias, entre elas Kaingang, Guarani, Xetá, Fulni-ô e Terena.

Eles concorrerão a 52 vagas, sendo seis em cada uma das sete universidades estaduais e dez na Universidade Federal do Paraná. O número representa um aumento de mais de 1000% na procura por cursos de graduação desde que foi criado, há 17 anos.
A homologação do vestibular foi realizada na semana passada, no Núcleo de Concursos da UFPR. As provas acontecem nos dias 17 de 18 de novembro e, após a aprovação, os alunos escolhem os cursos de interesse.

TRANSFORMAÇÃO
As universidades estaduais já formaram 75 estudantes em diferentes cursos de graduação como Medicina, Veterinária, Pedagogia, Agronomia, Odontologia. Na pós-graduação, a UEL possui um estudante indígena (kaingang) no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Política Social e a Universidade Estadual de Maringá um estudante e um aluno formado no mestrado em Educação.
Cerca de 80% dos indígenas que se formam ainda possuem vínculo com sua comunidade, sendo que a maioria atua na área de Educação. Para a presidente da Comissão Universidade para os Índios (Cuia), Juliane Sachser Angnes, o número de graduados pode parecer pequeno, porém, é extremamente significativo. “O projeto de inclusão dos povos indígenas no ensino superior no Paraná e no Brasil é desenvolvido a longo prazo. A representatividade e a transformação na vida dos alunos é significativa”. (ANPr)

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