A justiça carcomida…

…é o pior câncer de uma sociedade. Recebi por WhatsApp um artigo de Raphael Guimarães Andrade, ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, sobre o qual vale a pena refletirmos:

‘Em 1971, ganhei uma bolsa para estudar nos USA. Foi um seminário sobre desenvolvimento econômico na Harvard University.
Em um encontro com um professor, eu propus uma simples pergunta a ele. Qual o principal fator (citando apenas um), para explicar a diferença do desenvolvimento americano e o brasileiro, ao longo dos 500 anos de descobrimento de ambos os países?
O então o mestre sentenciou sem titubear: a justiça!!!
Explicou ele em poucas palavras: A sociedade só existe e se desenvolve fundamentada em suas leis e sua igualitária execução. A justiça é o solo onde se edifica uma nação e sua cidadania.
Se pétrea, permitirá o soerguimento de grandes nações. Se pantanosa, nada de grande poderá ser construído.
Passados quase 50 anos deste aprendizado, a explicação continua cristalina e sólida como um diamante.
Sem lei e justiça não haverá uma grande nação.
Do pântano florescerão os “direitos adquiridos”, a impunidades para os poderosos. Daí se multiplicarão as ervas daninhas da corrupção, que por sua vez sugarão a seiva vital que deveria alimentar todas as folhas que compõem a sociedade.
Como resultado se abrirá o abismo da desigualdade. Este abismo gerará violência e tensão social.
Neste ambiente de pura selvageria, os mais fortes esmagarão os mais fracos.
O resultado final: o pântano se tornará praticamente inabitável.
As riquezas fugirão sob as barbas gosmentas da justiça paquiderme, para outras nações.
Os mais capazes renunciarão a cidadania em busca de terras onde a justiça garanta o mínimo desejado: que a lei seja igual para todos.
Este é o fato presente e a verdade inegável do pântano chamado Brasil!
Minha geração foi se esgotando na idiota discussão entre esquerda e direita. E ainda continua imbecilizada na disputa entre “nós e eles”, criada pelo inculto Lula e o séquito lulista.
Não enxergaram um palmo na frente do nariz da essência da democracia. Foram comprados com pixulecos, carros, sítios e apartamentos.
Não sei quantos jovens lerão este texto e terão capacidade de interpretar e aprofundar a discussão. Aos meus quase 70 anos, faço o que está ao meu pequeno alcance.’
Akino Maringá, colaborador

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