Sanepar e prefeitura se unem para preservar córregos de Maringá

Projeto ambiental Ipojuca prevê fiscalização e autuação de empresas poluidoras

A Companhia de Saneamento do Paraná e a Prefeitura de Maringá são parceiras no projeto ambiental Ipojuca, lançado hoje.

O objetivo é identificar e autuar empresas que estejam poluindo os córregos urbanos da cidade. Ipojuca significa, em tupi-guarani, “água escura”.

Participaram do lançamento do projeto, os gerentes da Sanepar, Sergio Portela (Geral Noroeste) e Vitor Gorzoni (Regional de Maringá), o secretário de Meio Ambiente do município (Sema), Marco Antônio Lopes de Azevedo, fiscais da prefeitura e técnicos da Sanepar.

O gerente regional de Maringá destacou que este trabalho conjunto está alinhado com a política de sustentabilidade da empresa. “Esta ação visa identificar empresas que têm efetuado lançamentos de esgotos industriais fora dos parâmetros na rede da Sanepar ou nas galerias pluviais. As empresas precisam se adequar às legislações ambientais, municipal e estadual, para evitar a poluição dos corpos hídricos”, explicou Gorzoni.

Para Azevedo, esta ação conjunta irá trazer muitos ganhos para a sociedade e para o meio ambiente. “Com este projeto, as pessoas conseguem ver efetivamente o trabalho daqueles que são os responsáveis por licenciar e fiscalizar na prática. Vai ter fiscalização, vai ter multa, notificações, mas o recado que nós queremos deixar é de educação ambiental”, disse o secretário.

FISCALIZAÇÃO – A primeira ação da equipe, formada por técnicos da Sanepar e fiscais da Sema, acontece na região da bacia hidrográfica do Córrego Mandacaru. Num segundo momento, os trabalhos serão desenvolvidos nas bacias de outros córregos da cidade.

Na região do Mandacaru, foram mapeadas 384 empresas que deverão ser vistoriadas. Entre elas estão postos de combustíveis, lavanderias, serviços de auto fossas, lava-jatos, oficinas mecânicas, pet shops, açougues e outros segmentos que geram efluentes que podem ser lançados clandestinamente nas tubulações e poluir os córregos.

Durante as visitas, os fiscais irão verificar licenças ambientais, instalações de esgotamento sanitário, forma de descarte de efluentes, entre outras situações. Caso sejam encontradas irregularidades, as empresas serão autuadas e as atividades poderão ser embargadas.

Até o final de setembro deste ano, a Sema havia aplicado 42 notificações e 9 autos de infração, somando mais de R$ 5 milhões. Neste mesmo período, a Sanepar realizou 9.730 vistorias em residências e empresas. Deste total, 2.664 apresentaram algum tipo de irregularidade. As mais comuns foram a existência de caixa de gordura fora do padrão, água da chuva lançada na rede de esgoto, falta de caixa de inspeção e esgoto industrial lançado sem o pré-tratamento ou fora dos parâmetros exigidos pela legislação. (Sanepar)

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