O efeito Leopoldo

A prisão de Leopoldo Floriano Fiewski Junior, que foi assessor de Cida Borghetti e considerado um dos homens de confiança dos irmãos Barros, pode ter consequências políticas muito forte.

Segundo observador político, a prisão do ex-secretário municipal de Cascavel e de Maringá, homem forte durante a maior parte dos 12 anos que o PP dominou a administração municipal, traz novamente à tona os processos envolvendo Ricardo Barros. Um deles, foi a instauração de inquérito civil público pelo MPPR para investigar o direcionamento da licitação de publicidade no valor de R$ 7,5 milhões, ocorrida em 2011. Nesta ação, também Leopoldo é réu.

Com autorização da justiça, foram flagrados à época diálogos que mostravam que o prefeito de fato de Maringá não era Silvio Barros II, e sim seu irmão mais novo. Trecho de uma das ligações interceptadas, entre Barros e Fiewski:


Fiewski: Tá

Barros: Você viu que tem duas empresas só, né?

Fiewski: Sim, fiquei sabendo ontem.

Barros: Tá, então primeiro fica a minha preocupação, né. Que os caras não podem ter montado um negócio desses, né. Que era para ser filha única só, concorrente único. Então, inicialmente, o requisito não cumpre isso. Então, eu não gosto de coisa de amador, sabe Léo. De qualquer forma, você, por favor, vê se faz um entendimento aí.

Fiewski: Ia ficar muito ruim, né. Muito ruim.


A prisão, por cinco dias, respinga também nos planos de Cida Borghetti. Fiewski era assessor da governadora durante o curto mandato de 2018. Foi em agosto do ano passado que teria ocorrido a ilicitude milionária denunciada pelo Ministério Público.

O ex-secretário é um dos cinco presos na Operação Taxa Alta, e se entregou ontem ao Gaeco.

(Imagem: Reprodução RPC)

Advertisement
Advertisement