A doença da solidão

Por Elizangela Ortunho Rosa Rigon:

A covid-19 é a doença da solidão, parece paradoxal, mas é assim mesmo.

Ela tira de você coisas sagradas, como o convívio com a família, com amigos e também te tira do ambiente de trabalho, levando você a viver numa bolha solitária.

São muitas nuances, há os que como eu tiveram ” sorte” de poder se recuperar em isolamento domiciliar, outros passam semanas  internados, outros não voltam para suas casas e suas famílias, aumentando a triste estatística.

Esse vírus não tira só seu ar, seu paladar e seu apetite, ela tira sua saúde mental, seu equilíbrio e sua alegria.

Por esse motivo não aceito a forma irresponsável que muita gente trata o assunto, muitos não acreditam, debocham, acham exagero e agem como se estivesse tudo muito normal e não está tudo normal.

É falta de respeito, de amor ao próximo não se cuidar, não usar máscara, não se higienizar adequadamente, sair de casa sem real necessidade.

Também é difícil  aceitar o abandono e descaso com que o povo brasileiro é tratado diante de uma pandemia tão grave, exceto por ações individuais de prefeitos e governadores, estamos ao Deus dará, sem uma política decente de combate efetivo a pandemia e suas consequências.

Só posso dizer que se cuidem, se cuidem diuturnamente, pois me contaminei tentando me proteger ao máximo.

Estou bem, e agradeço aos amigos, familiares a empresa que trabalho por todo apoio, amor e carinho. Não é fácil, mas estou vencendo.


(*) Elizangela Ortunho Rosa Rigon é a patroa

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