Algo muito estranho acontece nesta campanha: pesquisa é cancelada e outra é impugnada na Justiça Eleitoral; algo ha cambiado

O juiz Nicola Frascati Junior, da 192ª Zona Eleitoral, atendeu pedidos feitos pelo Mobiliza (Pastor José Santos) e pela coligação “Pra frente Maringá” (Edson Scabora) e impugnou a pesquisa realizada pela 100% Cidades Participações Ltda., de Vitória (ES). Esta foi a segunda vez que uma pesquisa do mesmo instituto foi impugnada; a primeira foi em agosto, quando Mobiliza e a coligação “Pra cuidar bem de Maringá” ingressaram com o pedido.

A Justiça Eleitoral aceitou as alegações de que a pesquisa, que começou ontem por via telefônica, não preenche os requisitos previstos na legislação. De acordo com o pedido de registro no TSE, o levantamento custaria R$ 12,5 mil e seria pago pela própria empresa. O motivo da impugnação é o mesmo do mês passado: no Demonstrativo do Resultado do Exercício apresentado pela empresa, referente ano anterior ao da realização das eleições, não há a demonstração de qualquer receita líquida, “de modo que há inobservância ao que prescreve o art. 2º, II e §11, alínea “b”, da Resolução TSE nº 23.600/2019, notadamente diante da omissão da origem do recurso utilizado para realização da pesquisa”. O resultado seria divulgado na segunda-feira, 16. O descumprimento da suspensão implica em multa diária de R$ 10 mil para cada pedido de impugnação.

Também nesta semana aconteceu algo inusitado: a Paraná Pesquisas, contratada pela Rádio CBN, registrou pesquisa no TSE para ser divulgada neste final de semana, mas no dia do início de coleta de dados, terça-feira, decidiu cancelar, apesar dos R$ 40 mil que recebia da contratante. O resultado seria divulgado neste sábado. Coincidentemente, nos aplicativos de mensagens começaram a ser repetidos hoje notícias do início do agosto, sobre pesquisa eleitoral da Paraná Pesquisas em Maringá, e que davam Silvio Barros II (PP) à frente. Nenhuma pesquisa foi registrada em setembro, depois que começaram os programas eleitorais.

Como diria a música, “algo ha cambiado”.

Foto: TRE-SC