Confissões confirmam fraude

Duas mulheres confirmaram em depoimento ao MPE a existência de candidaturas fictícias nas eleições municipais

Em Maringá há ao menos três Ações de Investigação Judicial Eleitoral por supostas fraudes à conta de gênero. A depender das investigações, pode mudar boa parte dos vereadores eleitos e já diplomados. Em Apucarana acontece algo semelhante. Se prints de confissões em mensagens de WhatsApp já ocasionaram perda de votos para partidos políticos, imaginem depoimentos pessoais.

De acordo com o 38 News, hoje pela manhã o Ministério Público Eleitoral colheu depoimentos de pelo menos duas pessoas que confirmam a existência de candidaturas fictícias em Apucarana, incluindo a confissão de uma das envolvidas. O esquema, supostamente arquitetado para atender à cota de gênero, envolve partidos políticos aliados ao prefeito Junior da Femac. As investigações, que devem ser encaminhadas à Polícia Federal, podem levar à cassação de mandatos e alterar a composição da Câmara Municipal.

Cinco mulheres de diferentes partidos são acusadas de registrar candidaturas “laranjas,” apresentando poucos votos, ausência de campanhas efetivas e falta de movimentação financeira.

Uma das candidatas confessou ao Ministério Público, relatando ter sido ameaçada para mentir à Justiça. Elas também denunciaram o suposto envolvimento de políticos, advogados, cargos comissionados e até vereadores eleitos no esquema. Três vereadores podem perder suas cadeiras, alterando o equilíbrio de forças no Legislativo. Outros políticos também poderão ser punidos pela Justiça por mentir e ameaçar testemunhas. Leia mais.

Foto: Antonio Augusto/TSE